domingo, 27 de outubro de 2013

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Em memória de Gualba Pessanha, o “Plim Plim, Mágico do Papel”

  


Plim Plim e Bia Bedran no programa “Janela da Fantasia” nos anos 80. Reprodução do livro “TVE Brasil, Cenas de uma História”, 2007
Hoje em dia, quando se fala em “plim plim”, se associa logo a uma das vinhetas da malfadada TV Globo. Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo, nos idos dos anos 70, quando o nome “plim plim” significava magia, sonho, colorido.
Era Plim Plim, o Mágico do Papel, interpretado pelo artista plástico Gualba Pessanha, que começou na TV Educativa em 1975 e continuou até os anos 80, ensinando a desenhar e, principalmente, a arte da dobradura de papel, o origami, para crianças.
Uma dessas crianças era eu.
Gualba estudou no Japão, viajou pela Europa, conheceu 14 países. Dividiu parte desse conhecimento com sua audiência infantil, através de programas que eram didáticos e, ao mesmo tempo, lúdicos e modernos. Me lembro de uma vez quando ele propôs ao telespectadores mirins desenhar Deus, um Deus, seu próprio Deus, um arrojo inacreditável para a época, em plena ditadura militar, e ainda mais se apresentando numa TV estatal. Ensinava a fazer com papel quase todo tipo de animal. Me lembro bem da surra  que as vezes eu e minha mãe tomávamos ao tentar realizar determinadas dobraduras. Gualba fazia pequenas esculturas usando uma faca e um pedaço de sabão de côco, e eu pelejando pra fazer parecido. Nem me lembro quantos sabões gastei tentando.
Plim Plim tinha uma seção onde as crianças enviavam desenhos, que eram exibidos na televisão. Me lembro bem da vez que ele mostrou o meu. Era um sujeito debaixo de um coqueiro e um côco caindo em sua cabeça. Meu pai foi entregar o desenho num envelope lá na Gomes Freire, nos estúdios da TV Educativa. Mal consegui acreditar quando vi o Plim Plim falando de mim e mostrando o que eu tinha feito.
Esse artista, que certamente marcou as vidas de toda uma geração, morreu no dia 7 de agosto de 2010, num sábado, esquecido, no asilo Monsenhor Severino, em Campos, Norte Fluminense.
Lembro que nos anos 2000, não consigo precisar a data, fui investigar seu paradeiro. Depois de ligar pra meio mundo, consegui conversar com Gualba pelo telefone. Na ocasião, ele já estava morando com sua irmã, e falava com dificuldade, devido a um AVC. Deprimido, me contou sobre seu ressentimento por estar longe das telas, por ter sido esquecido pela midia que o havia projetado no passado.
Tive a grata oportunidade de lhe dizer o quanto ele havia me influenciado como artista, o quanto lhe devia, por todas as tardes que passei assistindo as suas aulas de arte na televisão. Plim Plim foi uma de minhas referências mais fortes.
Hoje, somente hoje, soube da morte de Gualba Pessanha. O que mais machuca meu coração no momento em que escrevo esse obituário nem é sua morte em sí, mas como Plim Plim foi deixado para morrer pelo mainstream media. Completamente esquecido, nem ao menos citado em programas que contam a história da TV no Brasil. De sua memória, nem mesmo vídeos no You Tubeexistem. É como se ele só tivesse existido na minha imaginação e na imaginação de inúmeras pessoas de minha idade.
Diferente do Brasil, republiqueta cruel com seus artistas, eu reverencio aqui a memória de Gualba Pessanha, o Plim Plim. Descanse em paz, mestre. Sigo com o que me ensinou.

Fonte:  http://latuffcartoons.wordpress.com/2012/05/22/em-memoria-de-gualba-pessanha-o-plim-plim-magico-do-papel/

Henriette Morineau - atriz

MADAME MORINEAU - Atriz



 







Morineau, Henriette (1908 - 1990)

Henriette Fernande Zoé Morineau (quando casada com Georges Morineau) ou Henriette Fernande Zoé Caminha (quando casada com Delorges Caminha) (Niort, França 1908 - Rio de Janeiro RJ 1990). Atriz e diretora. Inicia seus estudos na França. Em 1926, faz uma turnê pelo interior, em companhia liderada por Henry Mayer, integrante da Comédie Française. No ano seguinte, ingressa no Conservatório de Paris. Em 1929, excursiona com Albert Lambert e Silvain pela França, Bélgica, Alsácia, Suíça e África do Norte. Durante a excursão, na cidade de Orléans, conhece Georges Morineau, com quem se casa em 1930, quando chega ao Brasil. Em 1939, recita poesias em uma conferência de Aloísio de Castro, na Associação Brasileira de Imprensa, onde no ano seguinte inaugura um curso de declamação. Em 1942, participa de uma excursão com a companhia de Louis Jouvet pela América do Sul, com um repertório de cinco espetáculos: L'Annonce Faite à Marie, de Paul Claudel, Tessa, ou La Nymphe au Coeur Fidele e Ondine, de Jean Giraudoux, Leopold le Bien Aimé, de Jean Sarmont, e Dr. Knock, de Jules Romains. Em 1943, organiza um curso de declamação no Conservatório Brasileiro de Música.
Em 1944, estréia profissionalmente como diretora na companhia de Iracema de Alencar. No mesmo ano, atua ainda em duas companhias - da atriz francesa Raquel Berendt e deBibi Ferreira, em que permanece até 1945, dirigindo sete espetáculos. Ao lado de Bibi Ferreira representa pela primeira vez em português, em Presa por Amor, 1944, e leva o repertório da companhia à cidade de São Paulo. Em 1946, funda a companhia Os Artistas Unidos, na qual, além de diretora e atriz, acumula também a função de empresária teatral. Com um repertório de nove peças - entre elas Frenesi, de Charles de Peyret-Chappuis -, que lhe vale o Prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais - ABCT, de melhor atriz, por sua atuação, e O Pecado Original, de Jean Cocteau, ambas de 1946; Duas Mulheres, de Matos Pimentel e Ferreira Rodrigues, e Medéia, de Eurípides, de 1947; e contando com vinte integrantes, a companhia excursiona durante quatorze meses pelo Brasil. Atua sob a direção de Ziembinski em Uma Rua Chamada Pecado (Um Bonde Chamado Desejo), de Tennessee Williams, em 1948. Os Artistas Unidos estréiam o primeiro texto brasileiro para o público infantil, O Casaco Encantado, de Lúcia Benedetti, com direção de Graça Mello. Ainda em 1948, inaugura o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, com o monólogo de Jean Cocteau, La Voix Humaine. Pela companhia de Mme. Morineau passam jovens atores em formação: Jardel FilhoFernanda Montenegro e Beatriz Segall, entre outros.
Em 1952, recebe a medalha de ouro da ABCT pela direção de Jezebel, de Jean Anouilh. Com Os Artistas Unidos, trabalha ininterrupta e exclusivamente até 1954. Em 1955 e 1958, dirige espetáculos na companhia de Eva Todor, interrompendo nestes anos as atividades de sua companhia, que realiza seu último espetáculo em 1959, com Os Brasileiros em Nova York, de Pedro Bloch, direção de José Maria Monteiro.
Morineau dirige Idade Perigosa, para o TBC, em 1960. Em seguida, trabalha como atriz noTeatro Oficina, em três espetáculos consecutivos dirigidos por José Celso Martinez Corrêa Todo Anjo É Terrível, de Ketti Frings; O Sorriso de Pedra, de Pedro Bloch, ambos em 1962; e Andorra, de Max Frisch, em 1964. Em 1965, está em A Perda Irreparável, de Wanda Fabian, mais uma parceria com o diretor Ziembinski, numa produção de Oscar Ornstein. 
Entre 1963 e 1971, como enviada do Itamaraty, faz viagens a Portugal, onde leciona no Conservatório Dramático, dirigindo e interpretando autores brasileiros e estrangeiros.
Nas décadas de 1970 e 1980, Henriette Morineau ainda dirige, embora com menos frequência. Em 1974, atua em Coriolano, de William Shakespeare, dirigida por Celso Nunes. Surge ao lado de Paulo Autran em 1976, em Dr. Knock, direção e adaptação do próprio Autran da obra de Jules Romains. Em 1980, faz uma participação em Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson Rodrigues, em um papel criado especialmente para a atriz. Em 1981, seu desempenho em Ensina-me a Viver, de Colin Higgins, encenado por Domingos Oliveira, lhe vale o Prêmio Governador do Estado e o Troféu Estácio de Sá. O processo de criação do espetáculo é marcado por problemas de saúde da atriz, que interrompe por dois períodos os ensaios, colocando ao final uma ponte de safena que a obriga a diminuir o ritmo de trabalho.
Henriette Morineau não se enquadra dentro da renovação teatral que, entre os anos 1940 e 1950, introduz no Brasil a figura do encenador e sua função de concepção total do espetáculo. Sua contribuição se dá na formação de novos atores, no exercício prático de construir um espetáculo. Com ensaios exaustivos e quase sem palavras, a diretora guia o elenco por meio do próprio texto e ensina, a partir de seu próprio exemplo como atriz, princípios como a disciplina, a dedicação, a persistência. O estudo se dá no próprio palco, onde o ator deve travar o embate entre seus recursos expressivos e criativos e a obra dramática a ser materializada. Fazendo prevalecer a prática em detrimento da teorização sobre a cena, Henriette Morineau caminha na contramão da direção apontada por Os Comediantes e trabalha junto ao ator, dirigindo-o do ponto de vista da intérprete que também era. Segundo o depoimento de Luiza Barreto Leite:
"Era tal sua segurança em cena que imediatamente eu me sentia também inundada por ela e adquiria uma autoridade desconhecida. [...] Morineau jamais perdeu tempo, ensaiava-se muito e permanentemente, seu amor ao teatro se transmitia em ações e não em palavras [...]".1
Notas
1. LEITE, Luiza Barreto. Henriette Morineau. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 11 out. 1964.
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=758

http://vimeo.com/16507574